Reflexão do Evangelho do dia - Mc 8, 27-33 - Quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022 - Ouça

Evangelho: Marcos 8,27-33

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”. 30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. – Palavra da salvação.

Primeira Leitura: Tiago 2,1-9 / Salmo Responsorial: 33(34)

Reflexão:

Jesus abordou os discípulos com duas perguntas: A primeira foi “Quem dizem os homens que sou eu?”'. A segunda foi “Mas vós, quem dizeis que eu sou?”.

Refletindo um pouco sobre as perguntas do Senhor, podemos concluir que ele quer nos ensinar que há dois modos de conhecê-lo. O primeiro modo é conhecer Jesus pelo que os outros dizem dele. O segundo modo é conhecer Jesus por nosso próprio esforço e vontade, numa profunda intimidade na oração. O primeiro modo pode ser de grande ajuda para nos introduzir no caminho do conhecimento do Senhor, mas, o alvo de todo cristão deve ser o de ter uma resposta particular formulada em sua convicção pessoal sobre a pessoa de Jesus Cristo através de ouvi-lo.

Veja os samaritanos em João 4:42 “...Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. Hoje eu penso que muita gente tem uma certa preguiça de ouvir a Jesus – na Palavra. Ao invés disso preferem conhecê-lo através do que os outros dizem.

O Evangelho de hoje nos diz que Jesus estava retirado em oração com seus discípulos. Em um dado momento surge uma pergunta de Jesus. “Quem diz o povo que eu sou?” Jesus quer fazer uma pesquisa de campo.

Então os discípulos começam a falar: “Uns dizem que é João Batista, outros Elias e outros acham que és um antigo profeta.” Jesus não era uma reencarnação desses profetas.

Então eles não conheciam e não entendiam. Em seguida Ele vem com a outra pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro, iluminado pelo Espírito Santo, responde: “Tu és o Cristo de Deus.” Mateus vai completar: “Tu és o Messias o Filho do Deus Vivo".

Para conhecer Jesus é preciso estar em profunda oração e em comunhão com Ele. Não é somente por meio de livros, de estudos podemos conhecer Jesus. Os estudos, a teologia, a doutrina da igreja, tudo isso é importante, nos direciona e nos esclarece quem foi Jesus na história da humanidade.

A Igreja nos apresenta realmente quem é Jesus. Mas para conhece-Lo é preciso fazer uma experiência íntima com Ele. É preciso um espírito de oração.

Os discípulos pensavam que Jesus seria um homem de glória e poderoso, que daria para todos eles o reino. Essa imagem que o povo pensava, acabou sofrendo muito e morrendo na Cruz vítima da rejeição. Não conhecemos Jesus, só quando tudo está calmo e tudo está em tranquilidade.

Conhecemos Jesus realmente, no sofrimento, na dor e na tempestade. Ele se faz presente em toda a extensão da nossa vida, portanto este é o tempo oportuno para nos aproximar mais e conhecê-Lo como o verdadeiro Cristo de Deus, ressuscitado, o glorioso.

Ele que também passou pela dor e pela cruz; que deu a sua vida por nós. O mundo ainda não O conhece; conhece aquilo que se diz, mas não na profundidade.

Para conhece-Lo é preciso que nos abramos a uma profunda interiorização da oração dentro de nós. Quando tudo está calmo, é fácil sermos fiéis e acreditarmos que Deus está conosco. Mas, quando vem a dor, o sofrimento nós achamos que fomos abandonados por Deus. Assim, nos momentos difíceis, podemos perceber se realmente conhecemos e seguimos Jesus.

Ele está com você, na sua vida e na sua história, como foi com Pedro e com os discípulos. Ele convida: “Quem quiser me seguir, renuncie-se a si toma a sua Cruz e me siga”.

Vamos responder à pergunta Dele. Quem é Ele para nós? Estamos anunciando Jesus para o mundo? O que o mundo lá fora pensa Dele? Nós, convivendo neste mundo, na sociedade de hoje, em meio esse turbilhão da tecnologia, das redes sociais e da sua família, queremos saber: Quem é Jesus dentro da família?

Talvez virão tantas respostas. Pergunte para um traficante, quem é Jesus; para um político, no ônibus, nas ruas, pergunte. Você vai receber tantas respostas, que poderá descobrir um Jesus que você não conhece, um que é amor, que é misericórdia, que é perdão e que ensina a cada dia a aumentar a fé para carregar a Cruz sem desistir.

Eis o segredo de um ministério vitorioso: deixar bem claro, na mente e no coração de todos, a Verdade para que estes deem continuidade à pregação com zelo, certeza e firmeza. Jesus começa a mostrar a Seus discípulos o que O aguardava: “O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, três dias depois, ressuscitará”.

Esta parte era a mais dura de se ouvir, a ponto de constranger os discípulos, pois eles esperavam que seu líder fosse reconhecido e homenageado pelos príncipes e recebesse honrarias, mas não o contrário. Isso pareceu fora de propósito. Foi por isso que Pedro chamou Jesus à parte e começou a reprová-Lo. Jesus, então, conclui que até Pedro tinha dado ouvidos a satanás e, virando-lhe as costas, volta-se em direção aos discípulos e repreende com veemência o espírito que falava pela boca de Pedro naquela hora: “Saia da minha frente, Satanás! Você está pensando como um ser humano pensa, não como Deus pensa”.

Este episódio nos demonstra que os apóstolos não estavam suficientemente maduros, pois ainda permitiam que o inimigo se manifestasse no meio deles.

Esta, muitas vezes, é a minha e a sua situação quando não vivemos a constante vigilância e oração: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”. Distraídos, o diabo pode nos pegar de surpresa e nos derrubar em questão de segundos.

Graças a Deus, o tempo do titubeio durou pouco. Logo, os discípulos ficaram prontos para o ministério da salvação. Assim como eles, também precisamos pedir a Deus a graça do amadurecimento gradual da fé em nós e a revelação da verdadeira identidade de Jesus, Servo fiel, cuja vida esteve totalmente entregue nas mãos do Pai.

“Pai, revela-me a verdadeira identidade de Jesus, Servo fiel, cuja vida esteve totalmente entregue em Suas mãos. Dê-me a graça de, como Ele, ser fiel ao Senhor.



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