Músico católico: cuidado com a liturgia da Missa
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Reprodução/Internet |
Por isso, neste tempo, a igreja se veste de um sentimento de contrição e espera, preparando-se para a grande festa da Páscoa do Senhor, a maior solenidade da nossa fé. Nós, enquanto católicos praticantes, devemos não só participar da liturgia quaresmal, mas vivê-la intensamente.
“A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oração e a Missa, que expressam a conversão com relação a si mesmo, com relação a Deus e aos demais. Junto à purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação pela salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, “porque a caridade cobre a multidão dos pecados” (1 Pedro, 4,8)” (Catecismo Igreja Católica, n. 1434).
O que posso e não posso cantar?
De modo especial, neste post, vamos nos ater as músicas da Missa durante este tempo. Sabendo do significado da Quaresma e que, como católicos obedientes a Sã Doutrina, precisamos garantir o clima de recolhimento e "silêncio" na Santa Missa. Portanto, os músicos devem ter muito desde a escolha das músicas até os instrumentos. A Instrução Geral do Missão Romano (IGMR) nos orienta que: “No tempo da Quaresma, só é permitido o toque do órgão e dos outros instrumentos musicais para sustentar o canto” (IGMR 313).
Suprimimos o hino do Aleluia (IGMR 62) e o hino do Glória (IGMR 53) (salvo em caso de solenidade ou festa, podendo então ser cantado ou recitado normalmente) cantado ou recitado. As solenidades dos calendários, como a Anunciação do Senhor e de São José, são transferidas apenas em caso de coincidirem com algum domingo de Quaresma.
É preciso preservar o silêncio na Missa
O silêncio na Santa Missa durante o período Quaresmal deve ser observado por todos com maior cuidado, principalmente pelos músicos. Para isso, também temos orientação “no Ato Penitencial e a seguir no convite à oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior. A seguir, as leituras ou a homilia é para uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da comunhão, favorece a oração interior de louvor e ação de graças”. (IGMR 43)
Outra sugestão é suprimir o canto das ofertas (apresentação dos dons), pois esse “é um canto suplementar, essa categoria inclui os cantos para os quais não há textos específicos previstos. A rigor, são elementos facultativos da celebração, e nem precisam ser falados ou cantados” (Documentos da Igreja sobre música litúrgica. Paulus, 3.411.3., p. 327).
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